Fratura do úmero distal

A anatomia única da região explica a gravidade da fratura do úmero distal.

É preciso entender que a articulação do cotovelo é formada por 03 ossos: o úmero distal (osso do braço), e pelos 02 ossos do antebraço, ulna (olécrano) e rádio. É uma articulação fechada em que é muito comum a rigidez articular com perda de movimentação.


O úmero distal é origem de vários tendões e músculos que causam desalinhamento dos fragmentos ósseos, na maioria das vezes pela tração exercida. Pode haver vários traços de fraturas e perda óssea sendo utilizada a Tomografia 3D para o correto diagnóstico. O nervo ulnar está muito próximo e deve ser protegido.


No passado recente as fraturas desviadas eram tratadas com imobilização gessada ou com cirurgias que não conferiam a estabilidade necessária, evoluindo com maus resultados. O tratamento cirúrgico atual preconiza que se use até 02 placas especiais e sistemas de fixação bloqueada mais rígida. A montagem perfeita permite a movimentação no dia seguinte.
Em pacientes idosos e com grande destruição óssea, a prótese do cotovelo pode ser necessária.

As fraturas do úmero distal são fraturas complexas, com potencial de desvio e rigidez. No procedimento cirúrgico vai se montando a fratura como um quebra cabeça. O resultado é geralmente muito bom e confere uma grande satisfação a toda a equipe após algumas horas de cirurgia.

Curiosidade: para se atingir o local de uma fratura mais desviada e com vários fragmentos, necessitamos realizar uma outra fratura (do olécrano). Assim, se desloca o osso olecrano junto com músculo tríceps para cima com total visualização do foco fraturário. Ao final essa nova fratura também é fixada.

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